A impressão que as platéias brasileiras vinham tendo, esses tempos, não estava errada: estamos sendo mais visitados pelos artistas estrangeiros. De acordo com uma matéria publicada na Folha Ilustrada online, nesse ano, tivemos um total de 506 shows, contando com festivais e apresentações solo. Para se ter uma ideia do tamanho desse número, basta saber que, ano passado, ele foi de 234 shows.
O Distorção se orgulha em informar que o Rock teve destaque nesse cenário. O U2 conseguiu juntar o maior público do ano, com 240 mil pessoas durante a turnê 360º. O Rock in Rio, apesar de todos os problemas e algumas atrações... mal selecionadas, trouxe nomes importantes como Slipknot, Coldplay, System Of A Down, Evanescence, Metallica e Maroon 5, todos com públicos na casa das dezenas de milhares (ou mais).
Mais alguns números: tivemos 262 artistas ou grupos diferentes se apresentando em 28 cidades. As três mais badaladas, São Paulo, Rio e Paulínia, tiveram 203, 98 e 43 shows, respectivamente. Esses dados mostram que, por mais que o Brasil tenha crescido como destino para shows, ainda somos extremamente desiguais - até nisso. A concentração dos eventos é gritante, e a única cidade que quebra a tradição das grandes capitais brasileiras é Paulínia, por ter sediado o SWU. A vinda do festival confirma o status de novo pólo cultural para a cidade, que abriga também uma crescente produção cinematográfica nacional. Uma localização alternativa para um evento com uma proposta alternativa.
Enquanto os EUA e a Europa viveram um momento de crise econômica, nós aqui comemoramos. A quantidade de pessoas podendo pagar por um show, lá fora, diminuiu consideravelmente, e os artistas sentiram essa queda. O Brasil, assim como outros países em desenvolvimento, apresenta um mercado muito mais favorável para os artistas estrangeiros - e, vamos concordar, uma demanda poucas vezes satisfeita.
Que venha mais Rock em 2012. Ao vivo, de preferência!
Quer ter mais detalhes sobre os principais shows no Brasil esse ano? Veja a matéria, em duas partes, dos nossos parceiros: Vibrasônico (pt. 1) e Conversa Cult (pt. 2).
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