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terça-feira, 6 de março de 2012

Banda do mês: Pink Floyd


Em 1965, Roger Waters (vocal e baixo), Rick Wright (vocal e teclados), Nick Mason (bateria e percussão) e Syd Barrett (vocal e guitarra) formaram o Pink Floyd. Os músicos se reuniram a partir da faculdade de arquitetura - Wright, Waters e Mason eram ex-colegas de escola, todos de Cambridge, e faziam o mesmo curso - e do cenário de bandas novas em Londres. Depois de esses três terem tocado junto com outras pessoas, Syd entrou como vocalista e foi o responsável pela ideia do nome, que era uma referência aos músicos de blues Pink Anderson e Floyd Council.

A pequena fama inicial da banda se deve às suas apresentações no festival de lançamento do jornal alternativo Internacional Times e na recém-aberta casa de shows UFO, uma das primeiras na Inglaterra a oferecer espaço ao rock psicodélico. Ainda antes de lançar o primeiro álbum, eles tocaram no Queen Elizabeth Hall, uma sala de concertos clássicos, da qual a banda ganhou uma expulsão vitalícia por um motivo inusitado: jogar narcisos (sim, flores) na plateia.




Capa do primeiro álbum
The Piper At The Gates Of Dawn foi gravado na sala ao lado dos Beatles (então trabalhando no seu Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band) e lançado em 1967. Syd Barrett foi o primeiro compositor da banda e suas ideias regadas a LSD se combinavam com os improvisos e experimentações dos outros integrantes. O resultado foi um álbum para ser ouvido e sentido como uma "viagem", com efeitos sonoros permeando suas faixas. Nessa época, também foram lançados os singles "Arnold Layne" e "See Emily Play", que não faziam parte do álbum mas atingiram sucesso nacional.

 Com a saída de Syd, em 68, por seu péssimo estado mental devido às drogas, Roger Waters assume a posição de compositor principal e David Gilmour entra na banda como guitarrista solo. O próximo álbum, A Saucerful Of Secrets, é uma mistura do "antigo" Pink Floyd com o "novo". A partir dessa fase, a música vem, cada vez mais, acompanhada de elementos visuais. A arte da capa do disco é a primeira de muitas a ser assinada pelo designer (e amigo da banda) Storm Thorgerson. E, ao vivo, havia projeções e efeitos sonoros para compor o clima atmosférico das músicas. Um exemplo foi o Royal Festival Hall, em 1969, quando a banda chegou a utilizar uma forma primitiva de som surround. Eles também já tinham fama suficiente para fazer a trilha sonora da chegada do homem à lua na cobertura da emissora BBC. E, no final do mesmo ano, lançaram Ummagumma, um álbum duplo com gravações ao vivo e em estúdio.

Nos dois anos seguintes, o Pink Floyd tocou como destaque em vários festivais pela Europa e lançou mais dois álbuns: Atom Heart Mother e Meddle. No primeiro, a banda foi acompanhada de uma orquestra completa - um álbum "pomposo", de acordo com Gilmour. Já o segundo contava com apenas duas longas faixas instrumentais, uma em cada lado do disco. E, em 72, eles gravaram o filme de uma apresentação em um antigo anfiteatro romano, em Pompéia - Live at Pompeii.


Capa de The Dark Side Of The Moon
 O álbum mais conhecido da banda (e o terceiro mais vendido da história), The Dark Side Of The Moon, foi lançado em 1973, e os singles "Money" e "Time" fizeram parte dele. Os efeitos sonoros utilizados eram mais desenvolvidos, como ruídos de helicóptero e sons de sintetizador. A banda, então, soava menos "experimental" e mais "audível" para os pouco familiarizados com o estilo progressivo, e as letras passaram a ter mais importância, tratando temas como alienação e isolamento.


O próximo disco, Wish You Were Here, de 1975, teve como destaques a faixa-titulo e o single "Shine On, You Crazy Diamond". E Animals, de 77, tinha como tema a crítica social, comparando as pessoas e suas atitudes a cães, ovelhas e porcos. As apresentações ao vivo tiveram direito a animais infláveis gigantes. Foi durante essa turnê que Waters, irritado com o público que só pedia por sucessos anteriores, cuspiu na platéia.

Os dois próximos álbuns seriam as últimas gravações de estúdio do Pink Floyd com Roger Waters, porque começavam a aparecer divergências entre os integrantes. The Wall, de 1979, foi o álbum metafórico e autobiográfico do baixista - o "muro" é uma forma de representar a dificuldade de encarar o mundo exterior. Nos shows, foram empregados recursos cênicos para recriar a história contada pelas letras e, em 1982, o álbum virou um longa-metragem lançado internacionalmente nos cinemas (com o mesmo título). O single "Another Brick In The Wall Part 2" é, até hoje, o mais conhecido da banda e o mais regravado por artistas mais recentes.

O último álbum foi The Final Cut, de 1982 (ironicamente ou não, significa "O Corte Final"). Esse álbum teve como temas as memórias e as decepções da sociedade do pós-guerra e foi totalmente creditado a Waters, diferente de todos os álbuns anteriores. Em 87, Waters saiu oficialmente do Pink Floyd - que continuou, liderado por Gilmour. Wright também saiu, mas voltou como músico contratado. Com essa formação, a banda ainda lançou mais dois álbuns bem sucedidos: A Momentary Lapse Of Reason, de 87, e The Division Bell, de 94. E o último álbum ao vivo foi o Pulse, de 95.

Apesar de ter comunicado à imprensa o final do Pink Floyd, a banda continuou participando de eventos importantes e se apresentando, como no Live 8, em 2005. Além disso, cada um dos integrantes continuou fazendo música em projetos próprios. Sobre a volta do Pink Floyd, Nick Mason afirmou, em entrevista à revista Billboard (edição brasileira de novembro de 2011):
Não acho que vamos voltar para o estúdio para fazer outro álbum, ou sair numa megaturnê, mas existem oportunidades muito boas (...) do tipo Live 8. Só que, para fazer com que isso aconteça, (...) teria que ser catalisado por um personagem do tipo Nelson Mandela, Bill Clinton ou Bill Gates, alguém que criasse um plano importante o bastante para dizermos 'sim, queremos mesmo fazer isso'.

Fiquem, agora, com o máximo da experimentação em um trecho de Live At Pompeii, a faixa-título "A Saucerful Of Secrets":







...E um dos solos mais bonitos da história do rock, em "Confortably Numb":












2 comentários:

  1. Valeu!! distorção...isso sim é pra se comemorar!! uma banda,uma história atualíssima,vai ficar pra sempre na vida de muitas gerações.

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  2. Gostei muito de saber mais sobre o Pink Floyd! Além disso, me identifiquei com essa história de "um dos solos mais bonitos da história do rock" ;) Maneiríssima a outra música postada!!!
    Valeu, distortion.

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